Gewurztraminer , difícil de pronunciar e fácil de identificar, casta de aromas intensos que produz alguns dos vinhos mais desejados da França, mais precisamente da Alsácia onde se encontram seus vinhedos mais significativos. Sua origem não está completamente definida, ela pode ser uma variação da Italiana Traminer, que foi cultivada na  Alsácia até 1973 e depois eliminada,  os primeiros relatos da casta Traminer  se iniciou proximo ao ano 1000, no vilarejo de Tramin, ou Termeno, nos altos vales de Etsch  perto da região trentina do Alto Adige. Outros estudos dizem que a uva pode ser descendente da uva Aminea da Thessalia, ao norte da Grécia, de acordo com dados de ampelógrafos da época, ou uma mutação da Savignin Rosa que, morfologicamente é idêntica, porém mostra sabores diferentes. Também famosa na Alemanha, onde foi introduzida pelos Romanos a Gewurztraminer produz ótimos exemplares nas regiões de Rhein e Pfalz, o nome Gewurz  vem do Alemão e significa algo como  “Tempero”, “Especiaria”, que se da pelo alta intensidade de seus aromas que vão de Lichias a notas florais como de rosas.

Os vinhos de Gewürztraminer normalmente são de cor amarelo intenso, quase dourado, por conta da composição e características da sua casca que é mais densa e possui uma tonalidade mais rosada quando madura, são vinhos com grande estrutura em boca,  acidez  delicada e sempre muito aromáticos, com notas marcantes e intensas. As vezes por ser uma uva de maturação tardia, com alto teor de açucares naturais, não é incomum nos depararmos com vinhos de graduação alcoólica elevada.

Como toda uva de difícil produção  e baixo rendimento, seus vinhos tendem a ser mais caros, principalmente seus excepcionais Grand Crus produzidos na Appellation Alsace Controlée . Alguns devem ser tomados, entre os primeiros dois a três anos e os melhores exemplares da Alsácia e de maior acidez, podem envelhecer por até 10 anos ou mais, atingindo seu auge aos  6 ou 7 anos, exceção feita aos grandes vinhos doces que podem atingir 20 anos de guarda.