Torrontés é a uva branca mais lembrada quando se fala em vinhos brancos da Argentina. Produz vinhos extremamente aromáticos com perfumes adocicados como de pêssego bem maduro. Sua origem ainda não está bem definida, desconfia-se que  seu berço pode ser a Galicia na Espanha, onde apresenta características diferentes podendo ser chamada de Albariño francés, Aris ou huevo gallo. Cultivada também nas regiões de Castilla-La Mancha,  Andaluzia, Canarias, Extremadura,  Madrid, na DO Ribeiro,  La Palma, Tacoronte-Acentejo, Valle de Güímar, Valle de la Orotava, Ycoden-Daute-Isora, e Yecla.

Na Argentina,  é considerada como autóctone (espécie nativa da região),  onde pode ter surgido  através do cruzamento natural entre a Moscatel de Alejandria e a Criolla. O registro mais antigo que se tem desta casta na Argentina corresponde ao estudo de Damián Hudson, de 1860.

Na Argentina existem 3 tipos distintos de Torrontés, o Mendocino , o Sanjuanino e o Riojano, este ultimo o mais nobre e que expressa as melhores qualidades para a elaboração de vinhos finos.

No Valle de Cafayate, província de Salta, encontra-se alguns de seus melhores exemplares pelo fato de seu microclima especial, e as condições de seu Terroir que atingem altitudes de 3.000 msnm com pouca chuva, permitindo um desenvolvimento excepcional da videira. No Vale de Famatina, na provincia de La Rioja, esta casta possui sua denominação de origem controlada.

O vinho Torrontés apresenta coloração amarelo claro podendo desenvolver matizes douradas e esverdeadas. Seu aroma lembra pêssegos, Lichias, acompanhado de notas florais de jasmins e gerânios. Em boca surgem os sabores frutados, adocicados com toques de mel. Seus aromas lembram um vinho doce, mesmo quando vinificado em seco, e na boca uma fresca acidez.