Originaria da  região de Bordeaux, a Sauvignon Blanc é considerada uma das uvas finas mais nobres do mundo, tendo inclusive participado do surgimento da Cabernet Sauvignon,  que nasceu a partir do cruzamento desta casta com a tinta Cabernet Franc,  como comprovado em testes de DNA.

Produz vinhos icônicos como o Sancerre e o  Puilly-Fumè, no Loire, o Sauternes único com potencial para ser guardado por décadas e o  Graves, em Bordeaux, produz também  vinhos expressivos no Novo Mundo, como na Nova Zelândia em Marlborough que produz alguns dos mais apreciados por este sommelier que vos escreve, no Chile que produz deliciosos vinhos no Valle de Casablanca e também África do Sul e Estados Unidos. No Brasil, em 2016 o vinho Don Guerino Sinais Sauvignon Blanc  levou o  premio TOP TEN  na categoria de vinhos brancos brasileiros da prestigiada EXPOVINIS.

Caracterizada por sua  leveza e frescor são melhores quando cultivadas em climas frios. Os vinhos mais modernos produzidos com esta casta devem ser consumidos ainda jovens, enquanto ainda guardam seus aromas que vão do abacaxi a notas de maça verde.

Em sua vinificação, costuma descansar em tanques de inox, sobre as próprias borras, extraindo aromas e sabores mais intensos da fruta. Não produz vinhos para longos envelhecimentos, o potencial de guarda , dependendo do vinho é de até 6 anos . Quando jovem, o vinho apresenta coloração esverdeada, que evolui para o palha dourado em poucos anos.

Inicialmente era conhecida por Sauvignon Vert (uma outra variedade), ganhando seu nome definitivo – Sauvignon Blanc – somente no século XIX. A origem do nome, segundo o escritor Michel Dovaz, vem provavelmente da contração de savage-ravagion, ou ao pé da letra “selvagem devastação”, o que faz sentido pois sua importância se consolidou após o nefasto evento iniciado na Europa em 1830: “A Philoxera”.